Sexo a
três é mais comum entre casal hétero ou gay?
Por:Angélica Morango
Cena do filme Vicky Cristina Barcelona, um
clássico sobre relação a três. (Foto: Divulgação
Quando penso que já vi e ouvi de tudo, POW!
Sou alvejada bem na cara pela realidade da vida como ela é. Outro dia ouvi de
um casal de amigas lésbicas, que uma briga por ciúmes que acabou com
uma coleção de dildos arremessados pela janela.
O motivo da confusão? Segundo a
parceira enfurecida, não eram os brinquedinhos em si, mas o fato de eles terem
sido usados pela namorada com uma ex. Na minha cabeça fez sentido. Na do
porteiro do prédio, que presenciou essa chuva de pintos de plástico, talvez
não. O episódio aconteceu no início do namoro das meninas. E terminou
em sexo tórrido, claro. Transar depois de uma briga pode ser bem excitante,
principalmente se a razão é boba. E elas estão juntas até hoje. São mais
de 7 anos de união. Morri de rir quando soube da tempestade de rolas. Mas
fiquei confusa quando elas me confidenciaram que fizeram ménage à trois. E
além de sexo, às vezes elas namoram a três.
Mais que surpresa com as revelações de um
casal tão próximo, fiquei perplexa com esse “ciúme seletivo” que existe
para algumas coisas e outras não. Um tempo depois fiquei sabendo de um casal de
amigos gays, juntos há mais de 10 anos, que eles também mantém o relacionamento
aberto.
Comecei a me sentir a mais
inexperiente das criaturas! Fiquei levemente desgraçada da cabeça. Como assim
esses relacionamentos modernos tão próximos de mim?
Por que
é que eu nunca namorei a três? Nunca fiz nem um ménaginho? Porque eu sou
quadrada. E ciumenta. E possessiva. Acho que transar a dois é uma delícia,
porém a três, não sei, temo que alguém fique sobrando.
Mas
não digo que dessa água não beberei. Outro dia, enquanto tomava uma cerveja com
um amigo hétero e conversávamos sobre essas coisas, ele contou que seu
casamento, que também é longo, é aberto. Ele e sua mulher podem flertar e fazer
sexo com quem quiserem, desde que o outro seja informado e dê o aval.
Aí ele me mostrou no celular um nude da
última gata com quem transou. Na hora chegou uma notificação de mensagem no
Whatsapp: era a esposa comentando como o personal trainer era gostoso e pedindo
o consentimento pra flertar. Ele deu. Perguntei se não sentia ciúmes. E meu
amigo, que já teve dois casamentos tradicionais, respondeu que dessa vez tudo é
diferente: eles não se prendem a formalidades, mas que, como cúmplices e
amantes, realizam seus desejos dentro e fora da relação, com o cuidado de se
conquistarem todos os dias.
Por fim, cheguei à conclusão de que, na
prática, eu sou a mais conservadora dentre os meus amigos, héteros ou não. E
essa é a resposta mais próxima da exatidão possível pro questionamento levantado
no título desse texto. Acho que amor, luxúria, cumplicidade, carinho, ciúme,
desejo e possibilidades fazem – ou pelo menos deveriam fazer – parte de todas
as relações.
Fonte:https://blogdamorango.blogosfera.uol.com.br/2017/08/08/sexo-a-tres-e-mais-comum-entre-casal-hetero-ou-gay/
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