Aids no Brasil
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Desde o início da epidemia, em 1980, até junho de 2012, O Brasil tem
656.701 casos registrados de aids (condição em que
a doença já se manifestou), de acordo com o último Boletim Epidemiológico. Em
2011, foram notificados 38.776 casos da doença e a taxa de incidência de
aids no Brasil foi de 20,2 casos por 100 mil habitantes.
Observando-se a epidemia por região em um período de 10
anos, 2001 a 2011, a taxa de incidência caiu no Sudeste de 22,9 para
21,0 casos por 100 mil habitantes. Nas outras regiões, cresceu: 27,1 para
30,9 no Sul; 9,1 para 20,8 no Norte; 14,3 para 17,5 no Centro-Oeste; e 7,5
para 13,9 no Nordeste. Vale lembrar que o maior número de casos acumulados
está concentrado na região Sudeste (56%).
Atualmente, ainda há mais casos da doença entre os homens do que entre
as mulheres, mas essa diferença vem diminuindo ao longo dos anos. Esse aumento
proporcional do número de casos de aids entre mulheres pode ser observado pela razão
de sexos (número de casos em homens dividido pelo número de casos em
mulheres). Em 1989, a razão de sexos era de cerca de 6 casos de aids no sexo
masculino para cada 1 caso no sexo feminino. Em 2011, último dado disponível,
chegou a 1,7 caso em homens para cada 1 em mulheres.
A faixa etária em que a aids é mais incidente, em ambos
os sexos, é a de 25 a 49 anos de idade. Chama atenção a análise da razão de
sexos em jovens de 13 a 19 anos. Essa é a única faixa etária em que o número de
casos de aids é maior entre as mulheres. A inversão apresenta-se desde 1998. Em
relação aos jovens, os dados apontam que, embora eles tenham elevado
conhecimento sobre prevenção da aids e outras doenças sexualmente
transmissíveis, há tendência de crescimento do HIV.
Quanto à forma de transmissão entre os maiores de 13
anos de idade, prevalece a sexual. Nas mulheres, 86,8% dos casos registrados em
2012 decorreram de relações heterossexuais com pessoas infectadas pelo HIV.
Entre os homens, 43,5% dos casos se deram por relações heterossexuais, 24,5%
por relações homossexuais e 7,7% por bissexuais. O restante ocorreu por
transmissão sanguínea e vertical.
Apesar de o número de casos no sexo masculino ainda ser maior entre
heterossexuais, a epidemia no país é concentrada (em grupos
populacionais com comportamentos que os expõem a um risco maior de infecção
pelo HIV, como homossexuais, prostitutas e usuários de drogas).
Em números absolutos, é possível redução de casos de aids em menores
de cinco anos: passou de 846 casos, em 2001, para 745, em 2011. O resultado
confirma a eficácia da política de redução da transmissão vertical do HIV (da
mãe para o bebê). Quando todas as medidas
preventivas são adotadas, a chance de transmissão
vertical cai para menos de 1%. Às gestantes, o Ministério da Saúde
recomenda o uso de medicamentos antirretrovirais durante o período de gravidez
e no trabalho de parto, além de realização de cesárea para as
mulheres que têm carga viral elevada ou desconhecida. Para o recém-nascido, a
determinação é de substituição do aleitamento materno por fórmula infantil
(leite em pó) e uso de antirretrovirais.
Atento a essa realidade, o governo brasileiro tem desenvolvido e
fortalecido diversas ações para que a prevenção se torne um
hábito na vida dos jovens. A distribuição de
preservativos no país, por exemplo, cresceu mais de 45% entre
2010 para 2011 (de 333 milhões para 493 milhões de unidades). Os jovens são os
que mais retiram preservativos no Sistema Único de Saúde (37%) e os que se
previnem mais. Modelo matemático, calculado a partir dos dados da PCAP de 2008,
mostra que quanto maior o acesso à camisinha no SUS, maior o uso do insumo. A
PCAP é a Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas relacionada às DST
e Aids da População Brasileira de 15 a 64 anos de idade.
Em relação à taxa de mortalidade, o Boletim também sinaliza
queda. Em 2002, era 6,3 por 100 mil habitantes, passando para 5,6 em 2011 –
queda de aproximadamente 12%. Na comparação regional, verifica-se que o Sudeste
apresenta comportamento similar, enquanto que as regiões Norte, Nordeste e Sul
apresentam tendência de aumento. O coeficiente da região Centro-Oeste
encontra-se estável.
Questões de vulnerabilidade
O levantamento feito entre jovens, realizado com mais de 35 mil meninos de 17 a 20 anos de idade, indica que, em cinco anos, a prevalência do HIV nessa população passou de 0,09% para 0,12%. O estudo também revela que quanto menor a escolaridade, maior o percentual de infectados pelo vírus da aids (prevalência de 0,17% entre os meninos com ensino fundamental incompleto e 0,10% entre os que têm ensino fundamental completo).
O levantamento feito entre jovens, realizado com mais de 35 mil meninos de 17 a 20 anos de idade, indica que, em cinco anos, a prevalência do HIV nessa população passou de 0,09% para 0,12%. O estudo também revela que quanto menor a escolaridade, maior o percentual de infectados pelo vírus da aids (prevalência de 0,17% entre os meninos com ensino fundamental incompleto e 0,10% entre os que têm ensino fundamental completo).
O resultado positivo para o HIV está relacionado, principalmente, ao
número de parcerias (quanto mais parceiros, maior a vulnerabilidade), à
coinfecção com outras doenças
sexualmente transmissíveis e às relações homossexuais. O estudo
é representativo da população masculina brasileira nessa faixa etária e revela
um retrato das novas infecções.
Fonte: http://www.aids.gov.br/pagina/aids-no-brasil
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